terça-feira, 16 de março de 2010

Paládio

 

Já um bocadinho fora de tempo …

Palladium_1

Artigo de Miguel Angel Boggiano (i)

Quando pensamos em metais preciosos, o ouro e a prata surgem automaticamente. Há porém o paládio, cujo preço deverá subir bastante. É um metal de transição que pertence ao grupo da platina. E porque é tão relevante? Há três razões. Em primeiro lugar, ao contrário do ouro - cujo valor é aquele que lhe damos em determinado momento -, o paládio tem valor intrínseco: graças a novas tecnologias, 60% da procura deste metal vem do sector automóvel (especialmente para fabrico de catalisadores). Tradicionalmente, usava-se a platina para este fim, mas o paládio permite reduzir custos: a platina custa 1600 dólares a onça; o paládio 480 dólares a onça. Pelo que é de esperar uma procura fortíssima deste metal por parte da China e da Índia. Em segundo lugar, o paládio ajuda a reduzir a emissão de gases e aproveita tecnologias mais limpas; ou seja, todas as directivas governamentais no sentido de cortar emissões redundarão numa maior procura deste metal. Em terceiro lugar, o paládio não abunda: é 30 vezes mais difícil de encontrar do que o ouro. A produção anual é de 7 milhões de onças em todo o mundo - contra 76 milhões de ouro e 680 milhões de prata - e 80% das reservas mundiais concentram--se entre a Rússia e a África do Sul. A falta de elasticidade da oferta causa um aumento da procura com efeitos no preço. Nos últimos meses, quando o ouro não chegou a novos máximos, este metal seguiu em alta, mostrando a sua força. Como investir? O símbolo é PALL e já existe um fundo de investimento que o inclui. Quanto a empresas que trabalham este metal, a Stillwater Mining Company é um bom exemplo.

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